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#CodigoFlorestal: as mentiras e a ditadura do agronegócio

Veja acima prints (tirados às 14 horas de hoje 02 de maio de 2012) e tirem suas próprias conclusões sobre a vontade soberana do povo, que deveria ter resguardo no congresso nacional, e reflita quem é antidemocrático – nós, milhares de brasileiros que são contra o novo código florestal, ou os que têm exercido o poder de compra das decisões da institucionalidade. Utilizamos o serviço do site Hashtag Battle, que compara o número de aparições de hashtags no Twitter.

As mentiras que os recrutas do #agroterrorismo plantam são de dar inveja ao personagem de Jim Carrey em “O mentiroso” – já pensou se como no filme eles começam a falar a verdade? – A primeira delas que já virou chacota é a de que se o código florestal não for aprovado o brasileiro não terá comida – como se essa questão não tivesse relação com distribuição de renda e outras questões sociais.

A segunda caricaturauma balela deslavada – é a de que ambientalistas e ecologistas são contra a agricultura e são contra o desenvolvimento por não quererem que esse péssimo código florestal (o aprovado pelos deputados ou mesmo os do senado) pelo senado) seja aprovado. Claro que ambos são favoráveis á agricultura e reconhecem o valor que o agronegócio e, principalmente, a agricultura familiar dá ao PIB. Ambientalistas e ecologistas pensam no futuro e valorizam o desenvolvimento sustentável, diferente dos agroterroristas que pensam no lucro a qualquer preço. Lucro a qualquer preço é do tempo que Brasil era colônia de Portugal. Isso sim é ser retrogrado e inadmissível para o século XXI.

Outra mentira de meia dúzia de militantes do #agroterrorismo é de que ONGs estrangeiras querem tomar conta do que é do Brasil. Essa falácia cria dificuldades para os produtos nacionais empobrece o debate sobre o Código Florestal e serve apenas para contaminar a relação entre ambientalistas e agricultores. O Código Florestal atual foi revisto em 1965 por cientistas, agrônomos, economistas e juristas brasileiros exatamente para promover o desenvolvimento do país sem comprometer nossas riquezas naturais.

As mais de 150 organizações que coordenam o Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável contra o Projeto de Lei são todas da sociedade civil brasileira: CNBB, OAB, CUT, Via Campesina e as várias entidades ambientalistas nacionais. Há, sim, a adesão de ONGs internacionais, afinal o mundo todo está preocupado que esse Projeto de Lei destruirá nossas florestas, afetando o Brasil e o planeta.

Andam propagando também que somos (os brasileiros) antidemocráticos por não aceitarmos a votação do congresso. O movimento socioambiental, a ciência e especialistas estiveram presentes em todas as 70 audiências públicas promovidas pela Câmara dos Deputados e expuseram seus posicionamentos a respeito das alterações que deveriam ser promovidas no Código Florestal, como o fez em vários documentos entregues aos parlamentares apontando pontos falhos seja na versão do senado ou na mais recente e desastroso parecer do Paulo Piau. O que prevaleceu, em ambos os casos, foi a vitória da #velhapolítica do jogo de poder, que a todos os brasileiros dá nojo. Enfim, os relatórios apresentados deixaram de fora as principais opiniões de pesquisadores, cientistas, juristas, autoridades e especialistas sobre o assunto. Isso não é diálogo, não é democracia.

E, por fim, ainda dizem que somos antimeocráticos mesmo diante de mais de 1 milhão de assinaturas de brasileiros entregues aos parlamentares que são contra o novo código florestal. Atualmente, outra petição está sendo assinada, esta a favor do #desmatamentozero e já conta com mais de 180 mil assinaturas. Recentemente uma enquete pública (ruralistas podiam e votaram muito) da Revista Globo Rural também aponta que 59% desejam que a presidente Dilma vete todo o projeto de lei. Mas a tudo isso os recrutas dizem haver manipulação e que somos antidemocráticos. Já que tudo isso é antidemocrático, por que esses recrutas que sujam o nome do agronegócio não criam uma enquete ou uma petição a favor do código? Daí, veremos então, qual a vontade do povo.